ABSTRACT
A terapêutica de quimioterapia de altas doses seguida do transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas vem sendo largamente aplicada em pacientes com câncer hematológico, como linha de base e na recidiva da doença. Constituída de dois momentos distintos: coleta e posterior resgate de células-tronco hematopoiéticas com prévio tratamento de altas doses de quimioterapia, separados por um interstício temporal de no mínimo seis semanas. Período este, em que os pacientes permanecem em seus domicílios e, em determinados protocolos, com quimioterapia ambulatorial. Estes indivíduos apresentam níveis reduzidos de atividades físicas, normalmente muito inferiores aos níveis recomendados, impactando em um conjunto diversificado de efeitos deletérios, incluindo aumento da fadiga e do risco de doença cardiovascular, e redução da qualidade de vida. Este estudo teve por objetivo principal verificar a viabilidade da prática sistemática do exercício físico aeróbio entre a coleta e o resgate de células-tronco hematopoiéticas. Pesquisa quase experimental com delineamento de medidas pré e pós-intervenção sem grupo-controle. Sendo amostra composta de dez pacientes. Como resultados parciais se tem que cinco pacientes estão com mais de 70% do protocolo cumprido, indicando que para estes o treinamento físico está sendo viável, relatam conseguir executar a proposta e que nenhum efeito adverso tem ocorrido. Os dados são animadores e mostram que parece ser viável a intervenção, em breve, com todos os dados tabulados e analisados, é esperada uma conjectura mais precisa sobre o assunto.
ABSTRACT
Introdução: Avanços no diagnóstico médico e intervenções estão contribuindo para o aumento das taxas globais de sobrevida de pacientes com câncer em mais de cinco anos. Tal fato tem proporcionado uma mudança de enfoque no tratamento destes pacientes, dando-se atenção extra a efeitos secundários. Nesse sentido um programa de treinamento físico pode vir a contribuir. Objetivo: Verificar a viabilidade do treinamento físico, especificamente em pacientes com diagnóstico prévio de câncer de cabeça e pescoço (CCP). Material e métodos: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados computadorizadas LILACS, EMBASE, MEDLINE, SPORTDiscus, CINAHL, Cochrane e PEDro e incluídos ensaios clínicos cuja intervenção envolvia treinamento físico em pacientes com diagnóstico descrito de CCP. Sendo excluídos estudos com foco no tratamento de trismo e disfagia. Resultados: Foram selecionados 10 artigos, os quais avaliavam a viabilidade e eficácia do treinamento físico na qualidade de vida (QV), fadiga, capacidade funcional, amplitude de movimento, fatores psicológicos, força muscular e composição corporal. Conclusão: Melhora na QV, força muscular, massa corporal magra, bem como diminuição de dor e fadiga podem ser notados nos estudos envolvendo CCP. Entretanto, devido ao número de artigos nenhuma afirmação pode ser efetuada sobre o assunto. Porém, os dados obtidos são promissores e incentivam grupos de pesquisas sobre o câncer a estudarem mais sobre os efeitos do treinamento físico nessa população...